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domingo, 30 de novembro de 2014

Sobre a Vida e a Morte

É estranho pensar sobre a minha ignorância em relação a tudo. Eu tenho 17 anos e não sei nada sobre nada, mas poderia ter 107 anos e continuaria não sabendo muita coisa.
Leio meus diários antigos e vejo que sabia menos coisas do que sei agora, mas isso não torna o que eu sei agora "muita coisa"; a relatividade do universo me faz crer tanto numa vida insignificante quanto numa vida extremamente significativa, independente do que eu faça ou não com ela. Por isso, descobri, é de extrema importância que eu mesma defina o valor que a vida, e tudo dentro dela, tem pra mim. Claro que isso continua sendo muito relativo, pois em um dia de depressão minha vida, aos meus olhos, terá o valor de uma frase escrita em meu caderno; mas, em um dia de felicidade, a vida terá o valor de uma frase escrita em meu caderno.
Eu vou continuar não sabendo, mas com certeza vou continuar tentando aprender, pois pequenas certezas formam quem eu sou, e as relativamente pequenas ou grandes dúvidas formam o que um dia vou ser.

sábado, 21 de junho de 2014

Pra Sam

É tudo menos tátil agora
Que tento por-te
Em situações imaginárias pra não esquecer-me da sua voz.

Por ti continuo aqui
Escrevendo meus versos cheios de inexplicáveis grandezas
Que tento, com carinho, arrancar de cada parte do meu ser,
Que seja (!) capaz de sentir, querer (,) gritar.

É tudo menos tátil agora
Que não sei mais a qual parte da minha memória você realmente pertence,
A qual parte do meu corpo você realmente pertence (?)

Entre os aparentes parentes parênteses
Pintamos nossa história de azul
Pra que nos afoguemos dentro daquilo que é nosso

(In)significantemente Nosso.