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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Aviões de papel

Aviões de papel
São o que eu queria ser
Livres, leves, voadores

Aviões de papel
Se dobram, desdobram

Aviões de papel
Uma página em branco a ser preenchida

Aviões de papel
Apontam para um destino e deixam-se ir

Aviões de papel
Levam o que escrevi

Aviões de papel 
Não cobram passagem

Aviões de papel
Não carregam pessoas, bombas

Aviões de papel
Planam sem plano
Planejam cem planos

Aviões de papel
Só v(o)ão

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Liberdade

Eu decidi que não terei animais de estimação, acredito que todas as vidas devem ser livres.
Acredito que é possível nos libertarmos de tudo aquilo que nos causa qualquer sentimento ou sensação, e atingir um estado de plenitude no qual não precisaremos ser possuidores de absolutamente nada, e possamos apenas fluir.
Provavelmente devem existir diversas religiões que falam sobre isso, me pergunto se alguém já conseguiu esse feito algum dia. Transcender a vida dessa forma. Talvez a morte seja isso, nos desprendermos de tudo, até da existência.
Eu acho que o que eu quero mesmo é me livrar dos meus sentimentos, eles são intensos de mais, e parece que às vezes eu existo tanto que a vida explode dentro de mim e faz do meu corpo uma carapaça vazia, incapaz de atuar por si só mas ainda ali por saber que a vida existente em mim ainda não transcendeu, pelo contrário, ebuli por todos os poros as explosões de um ser intranquilo.
Vou ter uma casa com um quintal grande onde os animais de rua poderão se abrigar e depois ir embora se/quando quiserem, terá sempre comida e água, mas ali não morarão pois não me pertencem, e a eles também não devo nada, apenas transitarão sem abalar as estruturas de minha casa, e sem que eu abale as deles.